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Estamparia sob demanda – Parte II

Sistema abre oportunidades e já é adotado por muitos produtores têxteis

Sertec

Peças escuras exigem pré-tratamento e aplicação de tinta branca

Por: Amon Borges

Vantagens

A impressora garment printing proporciona muitas facilidades. O gerente comercial da Camiseta Express, João Fabiano, destaca as conveniências desse equipamento em relação à serigrafia: “Não tem tela, não tem que lavar, não tem que gravar fotolito. Enfim, não tem que fazer todo aquele processo de pré-impressão. Você simplesmente bate uma foto, ou coloca uma imagem, e já grava na camiseta”.



Entre as principais vantagens destas máquinas estão:

• Baixo consumo de energia;

• Produção imediata;

• Produção de tiragens menores;

• Maior variedade de estampas;

• Agilidade do ciclo design-produção;

• Sistema rápido e limpo de distribuição de tintas;

• Não há custos de telas, quadros, cilindros ou gravação.



Produção

Com a utilização de softwares gráficos, como o Photoshop e o Coreldraw, são criadas as imagens que serão reproduzidas pela impressora digital. Outra forma de obter uma figura para impressão é por meio de fotos tiradas com máquinas digitais. Todavia, não é possível fazer a conexão direta entre a câmera e a impressora, pois a imagem, antes de ser impressa, deve ser processada por um software específico do equipamento. Este programa faz o controle dos movimentos dos berços, o gerenciamento da impressão e define a quantidade de tinta a ser depositada na camiseta.



Alguns modelos de impressora garment printing apresentam um sistema que permite receber a imagem diretamente de um cartão de memória. Basta acoplar o cartão na unidade da impressora para descarregar o arquivo. Este recurso foi desenvolvido especialmente para empreendimentos nos quais não há a possibilidade de instalar um computador junto à impressora.



O formato de arquivo geralmente usado é o JPEG. Contudo, há impressoras garment printing que trabalham apenas com outros formatos, como o TIFF. Antes de imprimir, não se esqueça de converter o arquivo digital para o espaço de cor CMYK, pois são as cores com as quais as impressoras operam.



Após esses ajustes, vem a etapa de impressão. A peça de vestuário é posta no berço da máquina. Em seguida, esta prancha entra completamente no equipamento, de forma análoga à que ocorre com o papel em uma impressora digital de uso doméstico. Depois, o berço se projeta para fora novamente, enquanto recebe os jatos de tinta ao atravessar a unidade de impressão.



Depois de concluída essa etapa, o próximo passo é garantir a fixação da tinta e, para isso, realiza-se uma prensagem. A temperatura utilizada nessa etapa gira em torno de 170º C, com intervalos que variam de acordo com a orientação do fabricante. Se a prensagem não for feita corretamente, a resistência da estampa será prejudicada, já que não houve a cura completa da tinta. Outros engenhos podem ser adotados para fazer a secagem, como a estufa de lâmpadas infravermelhas.



A exceção: peças escuras

Nem toda impressora realiza gravação em tecidos escuros. Portanto, quando uma peça desse gênero tiver de ser trabalhada, é preciso adotar um equipamento que opere com a tinta branca. É imprescindível a aplicação dessa tinta para que, posteriormente, possa ser feita a impressão colorida.



A peça requer um pré-tratamento antes da impressão da imagem em CMYK. Primeiramente, portanto, deve ser passado um produto específico sobre a área que receberá a estampa, a fim de garantir melhor fixação da tinta branca e, só depois, dar cores ao desenho.



Manutenção

Como qualquer aparelho, a impressora garment printing exige certos cuidados para manter o bom desempenho. Atenção com o cabeçote é imprescindível, pois esta peça não deve manter contato com o substrato. Outro aspecto fundamental é a limpeza, que deve ser realizada de acordo com as orientações do fabricante. “A mais sensível é a parte da cabeça de impressão. Se você deixar tinta acumular, se você não fizer o processo de limpeza periódico, vai ter problema”, alerta João Fabiano.



Além disso, ele ressalta o que pode se tornar uma grande dor de cabeça para o estampador: “o maior problema é a tinta branca, que tem dióxido de titânio e pode entupir ou sedimentar. Ela é a mais delicada. Um monte de máquinas no mercado não trabalha com o branco”, completa o gerente comercial da Camiseta Express.



Balanço geral: expectativas do mercado

Com um mercado de estamparia em expansão, é importante salientar que o método de impressão garment printing não exclui o trabalho serigráfico convencional. Ele é mais uma ferramenta para atender à demanda que não para de crescer. Entretanto, profissionais da área acreditam que as duas maneiras de se produzir estampas caminharão juntas por muito tempo ainda.



Esse serviço é mais um no leque de opções disponibilizadas pelas estamparias e, dessa forma, aumenta a diversidade de produtos no mercado têxtil. “Há muita procura. É uma tendência bem grande no mercado atual”, conclui o gerente comercial da Camiseta Express.



Fonte: www.gruposertec.com.br

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